Meu bolso esquerdo é como um turbilhão. Nele se acha de tudo. O cuidado de hoje da mãe que se descuidou antes e o bebê nasceu prematuro. A mancha branca na Sansonite por esperar o ônibus encostado no muro. O sentimento de dever cumprido depois daquela conversa. A lembrança que logo outra virá. O bafo do Leão que saliva ao ver minha primeira gordurinha acumulada. A direção de hoje. O mapa de meus passos ontem. As promessas que devem ser lembradas. O agradecimento de quem se desesperou e melhorou. Até Crouzon e papel de bombom. Nele se acha de tudo. Meu bolso esquerdo sou eu.
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