Duas vezes por semana ele ia à casa dos avos. Lá se divertia. Sempre havia algumas moedinhas no bolso guardadas para os netos. Cada um tinha seu apelido na linguagem própria do vô que divertia a todos. Em um grande quintal com árvores e animais de estimação passava essas tardes. Por vezes o explorava como um pirata, sem camisa e com uma espada de ripas de caixa de uva feita pelo avô. Fazia experimentos com tintas, óleos e querosene da velha gráfica no fundo do quintal. Dirigia caminhões em cima das máquinas, desenhava em papéis de variadas cores e texturas. Sentado ao pé do sofá assistiam jogos de futebol enquanto almoçavam. A cada visita experimentava frutas diversas, direto do pé. Mangas, jambos, abacates, morangos e uvas. E o carinho e cuidado de quem cuidava dos netos como quem rega uma muda torcendo para que pegue.
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