sábado, 30 de julho de 2011

Só para não deixar passar em branco

Sabe aquelas histórias onde a pessoa perde um ônibus por segundos devido a um atraso corriqueiro, ocorre um acidente, e todos ficam falando dos mecanismos ininteligíveis com os quais o predeterminado, Deus, o cosmos ou qualquer outra instância superior responsável pelo controle do destino age? Aqui falo pelas outras histórias, mais comuns no dia a dia, de quem pega o ônibus e chega no trabalho para ser promovido, conhece o grande amor da sua vida na viagem ou escapa de um acidente no ponto de ônibus onde estaria esperando a próxima condução se tivesse perdido aquela viagem.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dicas para um desmemoriado desonesto

Quem nunca se viu na seguinte situação: uma pessoa da qual você não possui nenhum registro na memória de possíveis eventos passados te chamando pelo nome e abrindo um largo sorriso. Evento praticamente ubíquo na história da sociedade e em todas as sociedades, mas chatinho...O pior é que na tentativa de poupar os sentimentos desta pessoa que passou pela sua vida sem deixar a menor impressão digital você se coloca em um beco por vezes sem saída ao dizer "Mas que surpresa, não esperava te encontrar aqui", sendo que na verdade não esperaria encontrá-la em qualquer local uma vez que não se lembra daquela pessoa. Para você que se encontra nesta situação nefasta onde ser desmascardo é apenas questão de tempo, seguem possíveis saídas de emergência a serem usadas:
1) Diga frases vagas e sem uma referência única, que se encaixem em situações corriqueiras de todos e que sendo respondidas te darão munição para tentar descobrir de onde vem esta pessoa, como "como está todo mundo?", "e as coisas lá, como andam?", "o Galo hein!?!".
2) Carregue sempre um Sonrisal no bolso. Em determinado momento da conversa você aponta para trás do seu desconhecido interlocutor e com cara de assombro diz "Não é a ruiva do grupo Rouge?" e quando ele se virar comece a mastigar os comprimidos de Sonrisal e se jogue ao chão simulando um ataque epilético.
3) Finja que o celular vibrou no seu bolso, atenda e vá caminhando pedindo desculpas em leitura labial enquanto diz com avoz tremida "mas ela estava bem ontem!".
4) Comece a dizer coisas sem sentido relativas a década de 70/80, dependendo da sua idade, coloque a música Volta do Fábio Jr, trilha do projeto "Volta" do governo de Minas Gerais, como se estivesse com Alzheimer de início precoce.
Ou você pode ser honesto, dizer que infelizmente não se lembra daquele rosto alegre e do cumprimento cordial, a vida anda cheia e tal. Mas cá entre nós, dá muito mais trabalho.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sou contra o Fair Play

Este será sem rodeios: sou contra o fair play que anda sendo aplicado no futebol nos últimos anos. Não o real Fair Play, envolvendo honestidade, jogo limpo e respeito pelo adversário e torcida - inclusive por parte dos dirigentes além dos jogadores. Sou contra esse negócio de jogar a bola pra fora toda vez que um jogador cai. Isso engessa o jogo e premia a catimba. Haja visto o recente jogo Brasil e Venezuela na Copa América (exibição de gala por sinal, acho que vou começar a tirar meus óculos ao assitir a seleção jogar, talvez fique mais bonito o jogo) onde o atacante perdeu a bola e caiu pedindo atendimento para parar o contra ataque e, como o jogo não parou e seu time cedeu escanteio, ele se levantou e foi correndo ajudar a defesa logo depois. E outra, acho que quando o jogador do time A cai e o time B poe a bola pra fora esta deve ser devolvida no lance seguinte. Mas se o time A joga a bola pela lateral ele abriu mão da posse de bola para não ficar com um jogador fora de combate e por isso não acho que o time B deve ceder a bola. Cada um arque com as consequências de suas escolhas. Futebol é contato, alguém sempre cai. Futebol é molejo e malandragem, alguém sempre quer passar a perna no outro.

A opressão do self

Espero que a Karina não tenha esquecido seu lanchinho Foi preparado com amor e carinho Nesse cotidiano cada vez mais mesquinho É preciso um ...