sábado, 28 de julho de 2012

Sobre presentes e enxurradas

A família de Adolfinho planejava uma viagem à praia. Era início de dezembro e chovia muito em BH. Sua mãe decidiu que o velho calção de banho dele já havia cumprido sua missão. Então, alguns dias antes da partida, ela chegou em casa com uma sunga nova, amarela marca-texto. Nem é preciso dizer o quato o menino adorou seu presente, tão chamativo quanto o antigo companheiro de aventuras. Em sua cabeça seria como quando os Cavaleiros do Zodíaco usavam suas armaduras douradas ao invés das usuais. E em um instante já corria pela sala com o calção. A mãe de Adolfinho, temendo que antes de ver a areia da praia a sunga já estragasse mandou que o menino a tirasse e ele, a contragosto, obedeceu. Até os Cavaleiros tiveram reveses ao enfrentar Poseidon. A tarde, após sua mãe sair para trabalhar, o destemido cavaleiro recuperou sua armadura dourada e partiu para enfrentar suas inóspitas jornadas em busca do bem - no hall de seu prédio. Foi quando ele viu a grande enxurrada que se formava no meio fio de sua casa...algum tempo depois, quando já voltava para casa, sua mãe pode ver, deitado no meio d'água junto ao meio fio, o solitário Cavaleiro do Zodíaco dourado em sua batalha contra o perverso Poseidon.

domingo, 1 de julho de 2012

O que aconteceria comigo se...

...eu recebesse uma flor.
   Venho caminhando pelo centro e um desses cidadãos caricatos, que toda cidade tem, me entrega uma flor, em um puro e singelo ato de altruísmo. Nesse instante uma abelha saí de dentro das pétalas e me ferroa, dando início a um choque anafilático.

A opressão do self

Espero que a Karina não tenha esquecido seu lanchinho Foi preparado com amor e carinho Nesse cotidiano cada vez mais mesquinho É preciso um ...