domingo, 28 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Diário da balança #8: 112(+4)

Ok, quelle surprise. A mastigação de linhaça não durou. Entretanto tenho uma perfeita racionalização que me exime de qualquer culpa: apenas após começar a se alimentar de carnes e ovos o homem conseguiu o aporte calórico/proteico necessário para o desenvolvimento do seu córtex cerebral, possibilitando seu domínio sobre a terra. Parece insensato contrariar tal lógica comendo rúcula - que por sinal ainda possui um nome muito cacofônico. Obviamente meu peso concordou comigo e também reagiu se elevando. Resolvi então frequentar um grupo dos Vigilantes do peso. Na primeira reunião fiquei deslocado, pouco participativo. Aos poucos estava até me interessando quando de repente tive um vislumbre das trombetas do apocalipse. A visão mais aterrorizante que existe, depois da mesa de coxinha vazia: um cofrinho, na verdade praticamente um Banco Central, obeso e cabeludo, bem na minha frente. Saí de lá decidido a não voltar. Até hoje tenho pesadelos com ele. Em uma avaliação psicológica no trabalho com o teste de personalidade Rorschach só enxergava aquele vórtex de adiposidade peludo. E o pior é quando lembro fico ansioso e acabo comendo mais.
Alexandre, o graaaaaaaaande.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Notícias populares

"Um fato inusitado ocorreu ontem no campo do Villa Nova. Aos 43 minutos do segundo tempo o beque central Ramirez cobrou com perfeição uma falta do círculo central, marcando o gol da vitória. Ao buscar a esférica nas redes o arqueiro Alface notou que a bola havia estourado devido a potência do chute."
Por Salvador Patranha para o caderno de esportes do Diário da InVerdade

domingo, 7 de julho de 2013

Ouroboros

O mais esperado chega e se desenrola. Enquanto se desenvolve e cresce dá mais um passo em direção ao fim. Até recomeçar. A paixão é sempre assim.

terça-feira, 2 de julho de 2013

348



Ele não exibia mais a força e presença que lhe eram peculiares já havia tempo. Primeiro foram as idas a padaria que escassearam. Depois a leitura dos jornais. Já visitava pouco seu refúgio sagrado, onde era rei e mantinha as coisas e idéias organizadas conforme sua vontade. Não dava mais suas cambalhotas. Seu neto participava desse processo como conseguia. Se organizou financeiramente e passou a se responsabilizar pelo fornecimento dos medicamentos necessários. Sempre que chegava naquela velha casa levava algumas caixas para o avô. Contava os comprimidos e se sentava na sala. Lá conversavam sobre futebol, porcos, cães e o ouvia falar do passado. Acreditava que era muito importante não se atrasar na época de levar os remédios para o avô. E ele deixava. O jovem demorou um pouco a entender que o maior alívio não vinha dos compostos químicos que trazia, e sim dos que produziam estando juntos. Passou então a levar outras prescrições como sorvetes e parentes. Percebeu que o importante era não atrasar com a visita. Sentia como se agora o regador estivesse em sua mão, era sua vez de regar o avô. E assim lentamente foram se despedindo a cada vez que se encontravam.

A opressão do self

Espero que a Karina não tenha esquecido seu lanchinho Foi preparado com amor e carinho Nesse cotidiano cada vez mais mesquinho É preciso um ...