sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Réquiem para ilusão

Estava andando na rua, você passou
com um sorriso manhoso, me conquistou
enfeitiçado, atordoado, nem me movi
olhando pra esquina vi você sumir

Então é noite e eu sem dormir
uma hora – você onde mora?
duas horas – você se cora
e já são quatro horas – não houve fora

Escorado em um muro te esperando
com os espinhos da rosa me espetando
petrificado, todo molhado de suor
o que fazer? Você já vem, ainda não sei de cor

Então olhei você passar por mim

Mais uma noite sem dormir
olho pro teto – aqui por perto
os olhos coçam – as mãos se tocam
tudo calado – você do meu lado

É amanhã, o amanhã

Mas você não passou por ali
era noite quando desisti
desconsolado, derrotado fui me deitar
encontrar com você quando sonhar

É amanhã, o amanhã

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um amor puro

Hoje senti um amor puro. Ele vei junto com o cheiro  do seu cabelo, quando estávamos deitados fazendo nada. Sua cabeça recostada no meu peito facilitou a invasão de leveza que acalmou meu coração preocupado com contas, atendimentos, IPVA, IPTU, IRPF, ITBI, ICC, HAS, DM, IRC, TRH, HC, FHEMIG, provas e desempenhos. Naquele momento, tudo ficou pequeno, insignificante perto do seu cheiro. Não aconteceu mais nada, mas o que mais poderia acontecer? A força e a simplicidade do que senti era só o que importava então.

A opressão do self

Espero que a Karina não tenha esquecido seu lanchinho Foi preparado com amor e carinho Nesse cotidiano cada vez mais mesquinho É preciso um ...