segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cine Brasil - Em cartaz: Artigo 157 ou "Entre aspas"

É sempre assim e eu não sei porque me surpreendo quando acontece. Aos 43 minutos do segundo tempo um pênalti cai do céu no colo de um Corinthians acuado pela melhor equipe do Cruzeiro. E aconteceu em cima do "Fenômeno", que realizou a cobrança e marcou o gol que colocaria o "Timão" na liderança do campenato a 3 rodadas do fim, mostrando toda a importância e valor que o jogador ainda tem. Alguns mais afoitos logo dirão que Ronaldo e Roberto Carlos devem voltar a seleção, mas estou fugindo um pouco do que quero falar. Já dizem que o zagueiro atropelou o Ronaldo, que o pênalti em cima do Tiago Ribeiro é duvidoso e que a arbitragem erra igualmente para os dois lados. Todos tem direito a sua opinião. A minha vem com cheiro de coisa velha, já acontecida, abafada por muito tempo na esperança/crença de que havia no futebol brasileiro transparência. Não há. As viradas de mesa já não acontecem abertamente fora dos campos, de forma escandalosa, impedindo a queda ou trazendo de volta "os times grandes". Ou dando títulos a times que não os mereceram dentro de campo. Fluminense(induscutívelmente o que mais se beneficiou deste arranjo), Grêmio, Flamengo, Vasco, Corinthians e Atlético mineiro são exemplos de times auxiliados por uma mudança de última hora na regra (vale aqui uma ponderação, estou escrevendo sem ter feito um consulta aos registros ou aos mais experientes, escrevo direto no corpo de "Nova Postagem"do blog baseado apenas no que me lembro agora). Ela acontece nos gramados, na forma  de "interpretação do juiz". Torço para um time de São Paulo mas o benefício que paulistas e cariocas levam em "lances duvidosos" é indiscutível. Um exemplo: o mesmo Corinthians em 2005 quando disputava o título contra o Internacional também teve vários erros de arbitragem a seu favor, inclusive no segundo jogo contra o Inter, no final do segundo turno. São lances de "interpretação" que acabam por definir o campeonato, geralmente a favor dos times do eixo rio-sp, assim como neste último sábado. Ainda tem o atleticano que acha bom  o assalto  ao time do Cuzeiro e esquece que já foi/será vítima em situções semelhantes. E o pior: o que os "grandes"de fora do eixo sofrem no campeonato nacional é por eles infligido aos "pequenos" que com eles disputam os estaduais. Sou muito grato ao fato de minha profissão nada ter a ver com o futebol, assim "somente" meu espírito esportivo e senso de justiça são afetados no final do campeonato. O duro é que o que acontece no futebol é apenas uma encenação do que ocorre diariamente no país.

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