sábado, 10 de abril de 2010

Biblioteca

Era só  mais um dia normal
vamos fazer tudo sempre igual
quando olhei vi você em um canto
encolhido fazendo cara de santo
dívidas, música, política externa
aquela tarde tinha que ser eterna
eu não sei o que vai rolar
ainda é cedo o show vai começar
 
Daí pra frente sempre foi surreal
uma amizade capa de jornal
falar bobagens sentados em um banco
com pés de ferro todo pintado de branco
tropeços, risos, doadores de esperma
pare de olhar para minha perna
eu não sei me controlar
é melhor então me levantar
 
As coisas fluem de forma natural
o que importa é agora e não o final
você calado, sempre falo tanto
e quando fala você nem é franco
eu e você, sempre uma baderna
sozinhos no escuro e sem lanterna
eu não sei onde isso vai dar
vou relaxar e me deixar levar 

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