quarta-feira, 28 de setembro de 2011

XIX/III

Tomás observa a luz do poste que teima em penetrar através da cortina na sala, projetando-se púrpura na parede. Melancolia. O telefone toca e oferece a possibilidade de companhia e sexo. Ele aceita esperando na verdade multiplicar a equação por menos um. Conscientemente esquece de que este artifício matemático só pode ser aplicado quando a multiplicação é realizada dos dois lados da igualdade. A conveniência momentânea usualmente supera a razão, geralmente atropelando a ética, a prudência e o que se interpuser entre desejo e satisfação. Satisfeito? Não. Cansado.

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