As telecomunicações estão cada vez mais populares. Contrastando com a “fila do telefone” de duas décadas atrás, hoje é comum que mesmo nas residências humildes do país exista mais de um telefone celular. Ligar para vários países pode ser mais barato do que uma ligação local. A entrega de malotes e correspondências é realizada para qualquer região do planeta e o percurso acompanhado diariamente pela internet. Nada, entretanto, se compara a evolução da internet. Mensagens instantâneas pelo Messenger e Skype, compartilhamento da vida íntima em blogs, facebook e twitter, visualização de vídeos ou fotos instantaneamente. Tudo a distância de um clique. E em aparelhos cada vez menores e mais versáteis. Os iphones que carregam dados tiram fotos, tocam músicas e até funcionam como telefones e cabem no bolso. A minimização da distância geográfica proporcionada por tamanha evolução, paradoxalmente, aumentou a distância interpessoal. Amigos que moram na mesma rua se encontram pelo computador. As novidades são postadas em scraps. Nos minutos livres entre uma aula e outra não se houve uma roda de violão. No meio de uma conversa o clicar frenético na tela dos aparelhos faz o “olho no olho” virar “olho na testa”. O relacionamento humano filtrado por dispositivos eletrônicos. Falsa proximidade, intimidade. Fria proteção. Do que ou por que não sei. Apenas aumento o volume do meu MP4.
Blog com poesias, textos e pequenas peças, além de fotografias e figuras realizadas ou trabalhadas pelo autor.
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