segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ninguém morre às 4:17?

É mais cômodo ver a vida como uma série de variáveis dicotômicas. Durante a infância ela nos é apresentada desta forma mais concreta. Sim ou não. Mocinho ou bandido. Preto ou branco. Direita ou esquerda. Mesmo em variáveis categóricas há sempre uma distinção muito evidente entre as opções. Pode ser sangue A ou B ou AB ou O. Pode ser branco ou pardo ou negro...

A continuidade da vida assusta por nos apresentar situações controversas e complexas, muito mais difíceis de julgar, opinar ou decidir.

Bem vindo a vida adulta.

4 comentários:

  1. Voltei, pra ficar e te colocar no ar. Via face. Love.

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  2. Mas não continuaríamos no isto ou aquilo, lembrando Cecília Meireles?

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  3. Ou isto ou aquilo
    Cecília Meireles

    Ou se tem chuva e não se tem sol,
    ou se tem sol e não se tem chuva!

    Ou se calça a luva e não se põe o anel,
    ou se põe o anel e não se calça a luva!

    Quem sobe nos ares não fica no chão,
    quem fica no chão não sobe nos ares.

    É uma grande pena que não se possa
    estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

    Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
    ou compro o doce e gasto o dinheiro.

    Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
    e vivo escolhendo o dia inteiro!

    Não sei se brinco, não sei se estudo,
    se saio correndo ou fico tranqüilo.

    Mas não consegui entender ainda
    qual é melhor: se é isto ou aquilo.

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  4. Sempre teremos de escolher. A propria vida é uma escolha. O que temos de cuidar é com a simplificação das situações pois elas são artificiais e podem intervir no processo de escolher.

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