Era uma bailarina que passava a vida a dançar. Todos os dias inventava um novo movimento, mais suave e delicado do que os que havia feito no dia anterior. Todos paravam para vê-la dançar. Admiravam o modo com ela deslizava pelo chão, suas mãos cortando o vento como se criassem novas dimensões no ar. Ela sempre queria mais. Gostava do efeito causado na platéia. Até o dia em que já não havia como se mover com mais leveza. Todos continuavam maravilhados com sua arte, menos ela. Ela ficou triste e os movimentos agora eram pesados como sua dor. Pedia mais leveza aos céus antes de dormir chorando a noite. Até que um dia uma borboleta pousou em sua mão molhada pelas lágrimas e se compadeceu da tristeza da bailarina. Esfregando suas patas em uma gota de lágrima ela retirou suas asas e as colocou nas costas da bailarina, que começou a rodopiar no ar de felicidade. Ao chegar perto da borboleta sem asas ela estendeu a mão e suas lágrimas haviam se tornado diamantes. A borboleta os recolheu e sumiu contente com o brilho das pedras que a aquecia, especialmente por dentro. Assim nasceram as fadas.
Blog com poesias, textos e pequenas peças, além de fotografias e figuras realizadas ou trabalhadas pelo autor.
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Ainda bem que há borboletas tranformadoras por aí... Beijos.
ResponderExcluirSua arte me faz querer mais e melhor, em tudo. te amo!
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