sábado, 31 de março de 2012

Ode ao bolinho

Para iníciar estes versos e ser bem entendido
por bolinho digo tudo aquilo que é comido

Empada, brigadeiro e salada com azeite
a mesa está posta para o nosso deleite

E o que no passado foi apenas nutrição
hoje atua em expandida proporção

Além de encher a pança e o apetite saciar
No primeiro chamado vem a ansiedade aliviar

Deixada clara aqui minha devota admiração
me recolho agora para uma bela refeição.

terça-feira, 20 de março de 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

O que aconteceria comigo se...

...após muitos anos decidisse usar o sistema público de transporte de Belo Horizonte.
   Após a formatura na faculdade comecei a trabalhar, logo estava de carro novo - símbolo da independência na nossa sociedade judaico-cristã-ocidental. Com isso deixei por anos de usar ônibus e o incipiente metrô da cidade para me locomover. Pois por uma dessas distrações da vida, suponhamos que o seguro do meu carro tenha expirado. Sem querer arriscar um bem tão valioso e fruto de trabalho árduo, resolvo ir de ônibus para o trabalho. Pesquiso na internet os horários e trajetos, faz tempo e não tenho tais informações - não gosto de surpresas, nem de chegar atrasado. Tudo anotado, acerto meu despertador e vou para a cama. No dia seguinte, estou no ponto cerca de 5 minutos antes do horário. Existem algumas pessoas, não muitas, é cedo e o bairro  constituído principalmente por famílias que possuem carros. No momento em que meu relógio marca a hora em que coletivo deveria passar sinto até uma leve palpitação, revivendo experiências, sabe como é. Entretanto ele não passa. Agora já são 10 minutos de atraso e o ponto está cheio. Pessoas se perguntam há quanto tempo estão esperando, se era comum haver atrasos, enquanto uma chuva fina começa. Então chega a notícia por um adolescente com uma mochila velha, fones de ouvido e um sorriso no canto da boca: os rodoviários entraram em greve.

domingo, 4 de março de 2012

sábado, 3 de março de 2012

Sobre esquinas e pães de queijo

Era a primeira vez que a mãe de Adolfinho o enviava sozinho até a padaria. Ela precisava de alguns complementos para o lanche da tarde e não poderia sair pois estava "fazendo sala" para a avó do menino. Então ele foi, com uma lista e o dinheiro até a padaria na rua paralela. Sentia-se importante, gente grande. Mas ao passar pela esquina se lembrou de quem era. Havia uma série de ítens lá e dentre eles alguns carrinhos de plástico. Como não havia ninguém por perto ele pegou os carrinhos abandonados, a vela e os fósforos - sábia e instintivamente deixando o frango com farofa e a garrafa de vinho para trás. Comprou o que tinha na lista e voltou. Quando estava livre de suas obrigações foi inaugurar seus carrinhos. Sentiu o cheiro dos pães de queijo que sua mãe tinha colocado no forno. E quando ela o foi chamar estranhou os brinquedos nunca vistos. E ao saber da procedência dos novos itens convocou todos a se juntarem em uma oração pela alma dos pães de queijo acesos com os fósforos do "trabalho" da esquina.

A opressão do self

Espero que a Karina não tenha esquecido seu lanchinho Foi preparado com amor e carinho Nesse cotidiano cada vez mais mesquinho É preciso um ...