sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cenários # 4

Se naquele dia eu não chegasse atrasado quem sabe não teria perdido o emprego.
Se tivesse ainda um trabalho quem sabe teria mantido minha estabilidade emocional.
Se me controlasse melhor quem sabe meus amigos não se afastassem.
Se não desequilibrasse o humor quem sabe você não me abandonaria.
Se mantivesse a sanidade quem sabe não me mataria.


***


Se naquele dia eu não tivesse perdido a hora para acordar chegaria na hora na empresa e quem sabe não teria perdido o emprego. Se tivesse ainda um trabalho poderia arcar com minhas contas e quem sabe teria mantido minha estabilidade emocional. Se me controlasse melhor teria sido mais agradável e quem sabe meus amigos não se afastassem. Se não desequilibrasse o humor me manteria mais presente, carinhoso e acessível, e quem sabe você não me abandonaria. Se mantivesse a sanidade e organizado minhas idéias, daria um norte para minha vida e quem sabe não me mataria.


***


Se naquele dia eu não tivesse passado a noite em claro esperando por eles até cair no sono não teria perdido a hora para acordar chegaria na hora na empresa e não teria perdido o emprego se tivesse ainda um trabalho poderia arcar com meus suprimentos sem preocupações e teria mantido minha estabilidade emocional se me controlasse melhor teria conseguido dissimular melhor e mantido os amigos próximos se não desequilibrasse o humor ficaria forte e você não me abandonaria se mantivesse a sanidade e organizado meus planos e não deixaria que me matassem


***

Se naquele dia eu não tivesse passado 
a noite em claro esperando por eles 
virem me buscar com suas antenas 
e visão infravermelha tentando roubar 
minhas idéias até que me sedassem com
um dardo não teria perdido a hora para 

acordar chegaria na hora na empresa e 
não teria perdido o emprego mas de 
qualquer maneira já havia um espião 
infiltrado lá para me pegar se tivesse 
ainda um trabalho poderia arcar com 
meus suprimentos especiais para 
construir bloqueadores de transmissão 
de idéias sem preocupações e teria 
mantido minha estabilidade se me 
controlasse melhor teria conseguido 
dissimular melhor os planos e  mantido 
os pseudoamigos próximos para revelar 
a verdade no momento correto se não 
desequilibrasse o humor ficaria forte e 
perceberia sua traição se mantivesse a 
sanidade e organizado meus planos e 
mataria a todos que me prejudicaram

domingo, 26 de maio de 2013

O que aconteceria comigo se...

...eu resolvesse comprar coisas que gosto.
     De uma forma em geral não sou pão duro. Acredito que o dinheiro ganho com trabalho serve para alcançarmos objetivos. E o maior objetivo é a felicidade. Assim, usualmente gasto meu dinheiro comprando pequenos presentes para quem gosto, pagando a conta de um restaurante onde reuni amigos e família, etc. Mas não tenho por hábito comprar aqueles pequenos supérfulos de alegria momentânea para mim. Então, em um dia de outono quando o sol brilha mas o clima é frio, resolvo em um rompante voltando do trabalho no final da manhã de domingo passar em um shopping e comprar o que me apetecer. Desvio do caminho de casa e entro no estacionamento. Como havia definido que aquele seria o dia de mimo, me dirijo as vagas mais próximas da entrada que usualmente estão indisponíveis. Bem de frente a porta havia um lugar. Estaciono e  entro no estabelecimento. Vejo então que as lojas estão fechadas e só abrirão em quatro horas.

sábado, 25 de maio de 2013

A banda do tchum-tchum-tchum ou do pêrequetê


     Não é rocket science o motivo das músicas com onomatopéias fazerem tanto sucesso. Elas são fáceis de decorar e de cantar (uma vez que não tem letra para saber). E para o sucesso ser instantâneo é só nos 3 ou 4 versos que contenham de fato alguma palavra insinuar que o ruído a ser repetido pela platéia de miquinhos amestrados na verdade representa o ato sexual, de preferência associado a uma coreografia com rebolado e o movimento das mãos trazendo o imaginário corpo para juntinho do seu...assim você me mata...lembrando dessa música, que por sinal passou a fase gutural quase pré-silábica em questão, e consegue até ter cerca de 8 versos, ela também se vale de muitos dos elementos acima mencionados e contaminou o mundo mais rápido que um novo sorotipo de influenza em uma escola primária.
     É claro que não precisamos ouvir Bach ou então João Gilberto em uma festa de formatura, as coisas tem seus lugares. O problema é a ubiquidade que cada vez mais ocorre com esse tipo de música. Pode parecer que não, mas é cada vez mais comum que uma parcela  crescente da população escute somente esse tipo de música. E a extrapolação óbvia é que eles também não tem o hábito de ler. Nem legenda - reparou como cada vez mais até na TV paga os programas estão sendo dublados sem que se possa ter direito a optar pelo áudio original com legendas? É um exemplo claro da interferência desse "novo" padrão de cultura na sua e na minha vida. O pior é que são essas pessoas que nos atendem nos serviços de atendimento ao consumidor, que ligam para nossas casas para fazer telemarketing, trabalham em cinemas, guarda municipal e, no futuro (?) nos atenderão durante um infarto ou para uma representação legal.
     Enfim, como não vivo em uma bolha, só me resta assistir a tudo como quem leu o resumo da novela da semana e depois assiste na TV. Enquanto isso me divirto com pequenas manifestações como o vídeo que se segue. Espero que no final da vida cnsoiga ocnutinar ecrevsendo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Notícias populares


"Em Belo Horizonte já se vive o clima das festas de São João. Para as festividades deste ano um confeiteiro do Mercado Central preparou um pé de moleque no formato de uma criança de oito anos em tamanho natural."
Por Salvador Patranha para o Diário da InVerdade

sábado, 4 de maio de 2013

Troque seu cachorro por um vírus pobre

Recentemente li em uma referência bibliográfica um relato emocionante: a existência de uma família de vírus chamada Reovírus. Em seres humanos eles são aparentemente comensais ou no máximo oligossintomáticos, embora alguns achados sugiram que eles possam estar relacionados ao surgimento de uma rara síndrome reumatológica, a doença de Coogan. E por não causarem nenhuma doença identificável, como sarampo ou ebola, são conhecidos como vírus órfãos. Abandonados, sem ninguém doente por eles. Então inicio aqui a campanha "Troque seu cachorro por um vírus pobre". Imagine a cena: você chega em casa cansado do trabalho, trânsito e todas as chateações da vida urbana moderna, mas quando abre a porta aquela particulazinha protéica vem voando em um perdigoto até você te dar boa noite. É bem melhor do que um cachorro ou qualquer animal de estimação. Alguns mais antissociais diriam melhor até do que uma pessoa (em concordância com muitas mulheres em TPM). Então pense bem antes de fazer sua próxima caridade: já existem a Sociedade Protetora do Animais, Direitos Humanos, Greenpeace e várias outras instituições para cuidar dos usuais desprotegidos. Adote um reovírus.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Diário da balança #7: 108(-4)

Alguns dias de assaduras depois da última consulta médica desisti dos químicos para emagrecer. Procurei exatamente o oposto. Adotei uma postura mais natural quanto aos alimentos. Alguns colegas de trabalho chegaram a se cotizar para bancar uma consulta psiquiátrica quando me viram mastigando alguns palitos de linhaça, com medo de em alguma fratura da minha psique eu ter me tornado um panda brasileiro. Mas era apenas parte do meu novo cardápio que inclui tâmaras recheadas, anéis de canela, caldo verde e mingau de aveia. Tenho feito refeições regulares a cada 3 horas e realmente isso diminuiu o apetite. Também quem em sã consciência desejaria uma trouxinha de repolho. Para ser justo, cerca de uma vez por semana aparece um chocolate amargo do tamanho das extintas moedas de 1 centavo. Tem dado certo. Vamos ver por quanto tempo meu motor vai rodar a base de suco energizante.
                                                                                          Alexandre, o graaaaaaande.

A opressão do self

Espero que a Karina não tenha esquecido seu lanchinho Foi preparado com amor e carinho Nesse cotidiano cada vez mais mesquinho É preciso um ...