sábado, 3 de abril de 2010

Vida might

A gente se acostuma com tudo
A tudo a gente se habitua
E até não ter quem amar
De sentimento, nua
Para a vida me acho crua
 
Me habituei ao “não might”
À vida sem gás
Do meu café tiro todo açúcar
E até ficar sem o ter
Sem te ver
A gente custa mas se habitua
 
Se eu quis, sem mágoa
Sem paz, se eu… nada
 
Eu vou ser indiferente
Ao amor que você me oferende
Se mexer no meu modelo de mundo
Eu vou fugir
De volta ao meu esboço recluso
 
Me acostumei sem querer
Ao projeto cauto
Salário é baixo, a vida é dura
E gostar mais de você
É como ofender
Minha previsão de vida futura
 
Se eu quis, sem mágoa
Sem paz, se eu… nada
 
Não vai ser diferente
Do que eu já tinha em mente
Se o véu cai, fica imundo
Eu o deixo ruir
E sigo meu plano pro mundo. 
(Postado originalmente em 07/02/2010)

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